terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pelo nosso povo continuaremos lutando!

         
                                                                                                                                         
Falam que vivemos em uma Democracia: um regime em que a liberdade é o bem mais estimável, em que o governo é do povo e pelo povo e que seu princípio substancial é a reivindicação, a luta ferrenha diante das injustiças, das opressões e contradições do sistema. Contudo, estamos vivenciando o abuso do uso da força, da truculência e da repressão policial em todos os estados de nosso país, se é que podemos dizer que esse país é nosso, pois ainda há quem diga que é do Rei, do Presidente, do Governador, do Prefeito.

Parece que está tudo invertido no Brasil, que o público é o privado, que democracia é o fascismo, que liberdade é a sujeição ou a submissão àqueles que se dizem "nossos representantes", que tratam a coisa pública como se fosse sua propriedade particular. Entretanto, "a praça é do povo como o céu é do condor", a participação popular é imprescindível para a construção de uma verdadeira Democracia, construção essa feita na medida dos anseios da nossa gente: por uma educação que liberte ao invés de domesticar, por uma saúde que cure e previna ao invés de nos abandonar nos corredores dos hospitais, por um transporte público que nos viabilize o direito a cidade ao invés do direito a repressão policial, por uma mídia que informe ao invés de manipular, por uma política que habite ao invés de desapropriar, por uma segurança que proteja ao invés de matar, por uma cultura de direitos humanos que resguarde a nossa dignidade ao invés da violência gratuita e do autoritarismo que sofremos cotidianamente.

Enquanto as coisas permanecerem invertidas por Aqui, nós: estudantes, trabalhadores e trabalhadoras, companheiros e companheiras de luta não hesitaremos em nos encher de indignação contra essas gritantes injustiças. Sairemos de nossas escolas, casas e empregos e continuaremos indo para as ruas, denunciando, mobilizando, paralisando, ocupando e lutando pela nossa gente, por nossos filhos e filhas, pais, irmãos e irmãs, amigos e amigas, por aqueles e aquelas que doaram suas vidas pelo sonho de justiça. Pelo nosso povo continuaremos lutando ontem, hoje e sempre, pois ATÉ QUE TUDO CESSE NÓS NÃO CESSAREMOS!

Em solidariedade aos companheiros e companheiras de Recife, que hoje, devido aos protestos contra o aumento abusivo das passagens de ônibus sofrem violenta repressão policial.

Cheio de justa raiva,

Gregório Bezerra Silva

Coordenador do Centro Acadêmico de Direito da UFRN
Membro do Programa em Defesa dos Direitos Humanos Lições de Cidadania


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